terça-feira, 8 de setembro de 2009

Reflexões

Já escrevi aqui sobre angústia, revolta, amizade. E ta aí. A amizade é mais uma vez a fonte de inspiração dos meus textos. Estava eu tranqüilo numa madrugada, lendo blogs na internet quando uma amiga, dessas que eu citei no último post, invadiu meu msn e me inundou com pensamentos que eu estava adiando. O fim de mais um ciclo, um rompimento, um divisor...

A vida é engraçada. Encontrar e conhecer pessoas, aprender coisas novas, desaprender, começar de novo... Não nos damos conta da grandiosidade disso tudo na correria do dia a dia. Mas quando você está prestes a perder, perto de passar por mais um turbilhão na vida, você pára pra pensar nisso tudo. Já disse isso aqui. Sou tímido. Demoro a me aproximar, mas gosto das pessoas com certa facilidade. Quando finalmente conheço o lugar onde estou e as pessoas que me cercam, me sinto a vontade pra fazer brincadeiras, sair, rir, conversar, dividir problemas, arriscar. Me sinto a vontade. E é aí que a vida dá um jeito de mudar, como se quisesse uma prova de que você realmente gosta daquilo tudo. Parei pra pensar que ela é feita de momentos que vão se encaixando como peças de lego, como um quebra-cabeça gigante em que encontrar a peça final não é, nem de perto, o objetivo.
Estou nesse momento, prestes a ver o quebra-cabeça que montei em quase quatro anos ser embaralhado. Como se a vida fosse o irmão mais novo que adoraria bagunçar tudo pra você ter que montar de novo. Assim eu vejo, hoje, a estranha relação entre passado, presente e futuro: um quebra-cabeça em constante mudança, com vontade própria, brincando de ensinar a viver, trocando as perguntas, quando você quase termina de reunir as respostas.

Agora, essa é a única certeza que tenho: vai mudar. E cabe a mim tentar administrar, mesmo que eu viva e sinta sem entender o real sentido disso tudo. Talvez eu nem queira mesmo entender. Além das amizades, que estão comigo pra sempre, sempre há a chance de recomeçar, de aprender, novamente, a ser aprendiz.