domingo, 4 de outubro de 2009

Breve desabafo

Falta de tempo tem sido um assunto bem comum esse semestre. Tanto que não consigo postar aqui há umas semanas já. Hoje quero usar esse espaço pra desabafar. Me desculpem aqueles que não entenderem.

Estou com medo. A gente teima em não aceitar isso, em se fazer de forte, em encher o dia de atividades pra disfarçar, mas ontem essa ficha caiu de verdade, enquanto conversava com grandes amigos. Estou com todos os sintomas: inquietação, ansiedade, preocupação...

Não. O medo ainda não está me bloqueando, ainda não me tirou o sono, mas com certeza está entre os primeiros pensamentos embaralhados do dia, após de desligar o depertador, e entre os últimos, que se dissolvem nos sonhos quando o sono chega. Prometi que a monografia não seria tema de meus posts, mas ela é talvez a fonte de tanto receio. Tenho medo de não dar conta, porque não é novidade pra ninguém que não gosto da área acadêmica.

Involuntariamente me vejo colocando qualquer outro compromisso ou atividade como prioridade. E, sinceramente, está difícil arrumar forças para mudar esse hábito. Com o medo de não dar conta, vem o medo de não formar. Isso aliado à tensão do que fazer depois, pra onde ir, da perda do convívio diário com todas as coisas e pessoas que gosto tanto nesse momento. Esse fim de semana foi o maior exemplo de como eu amo o que faço agora e como gosto dos amigos, da convivência, das histórias pra contar. Tenho tanto medo de perder isso tudo, de não superar a quebra, a divisão, a mudança que tanto citei no post anterior (Reflexões).

Tem tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que tenho a impressão de que preciso assumir a direção e parar de deixar a vida me levar. Preciso aprender a administrar isso tudo. Eliminar o medo é impossível, mas qualquer um pode ser, pelo menos, dissolvido para ser mais facilmente digerido. Por isso, deixar de ter os momentos de lazer não está nos meus planos. Preciso deles, sinto que tenho que aproveitar cada minuto, como se isso tudo estivesse a ponto de acabar.

Pronto, desabafo feito. Só pra constar, não estou num momento depressivo. Acabei de sair de um dos melhores finais de semana do ano, que misturou festa, diversão, amizade e história pra contar. Pode parecer contradição isso né, mas esse é um momento confuso mesmo, sentimentos totalmente embaralhados e você se sente capaz de “sofrer” e ser a pessoa mais feliz ao mesmo tempo.